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Capilares e Veias

O sistema circulatório compreende compreende uns 97.000 quilometros de canais que transportam o sangue para todas as partes do corpo. Sua característica mais impressionante é a maneira pela qual mantém o sangue em circulação, fluindo do coração para as artérias e das veias para o coração, apesar da força da gravidade e de milhões de rotas alternativas.

A bomba do coração dá ao fluxo sua força, enviando o sangue recém- oxigenado que jorra da aorta ( a maior artéria do corpo ), para as artérias menores e até para a parte superior da cabeça. As artérias bifurcam em outras menores, que por sua vez, que dividem em milhões de capilares. Esses capilares acabam se unindo para formar as vênulas, as quais de unem para formar veias, vasos da parede delgada com vávulas interiores que impedem o sangue de voltar atrás.

Sistema Circulatório

O principal orgão é o coração, pois funciona como uma bomba contrátil-propulsora. Ele se divide um quatro câmaras; dois atrios e dois ventriculo. No atrio direito desembocam a veia cava superior e inferior, no atrio esquerdo desembocam as veias pulmonares em numero de quatro. No ventriculo direito sai o tronco pulmonar, que após um curto trajeto bifurca-se em artérias pulomonares direita e esquerda, do ventriculo esquerdo sai a artéria aorta.

DANGELO, J., FATTINI. Sistema Esquelético. In: Anatomia humana sistêmica e segmentar, 2. ed., RJ, Ed. Atheneu. 1988.

Os capilares

Capilares

Representam a última terminação das artérias.

O calibre dos capilares é pequeníssimo, varia de 4 a 16 milésimos de milímetro, e é comparável ao de um cabelo.

O sangue circula muito lentamente nos capilares (0,8 de milímetro por segundo). As paredes dos capilares são extremamente delgadas, de 1 a 2 milésimos de milímetro; por esta razão o sangue pode ceder às células substâncias nutritivas e delas receber substâncias de rejeição.

As veias

têm a tarefa de trazer de volta o sangue da periferia para o coração. Seguem o mesmo trajeto que as artérias, mas são geralmente duplas, isto é, para uma artéria há duas veias. A artéria pulmonar é acompanhada por duas veias pulmonares (de modo que na aurícula esquerda desembocam quatro veias: duas correspondentes à artéria pulmonar direita e duas correspondentes à artéria pulmonar esquerda). Por fim o sangue que chegou à periferia por meio da aorta e das suas ulteriores subdivisões, volta ao coração transportado por duas grandes veias: a veia cava superior e a veia cava inferior.

A veia cava superior recolhe o sangue de toda parte do corpo que está acima do diafragma, isto é, do tórax, dos membros superiores, da cabeça e do pescoço. As veias do tórax são representadas pelo sistema da ázigos; as veias da cabeça e do pescoço são representadas pelas jugulares, enfim, as veias dos membros superiores, depois de terem formado na mão, no antebraço e no braço um sistema venoso superficial e um sistema venoso profundo, terminam nas veias subclávias. Todo este complexo sistema venoso se reúne enfim em um grosso único vaso, a veia cava superior, que desemboca na aurícula direita.

A veia cava inferior recolhe o sangue de toda a parte do corpo que está abaixo do diafragma, isto é, do abdome e dos membros inferiores. As veias ilíacas, que acompanham as artérias do mesmo nome, reunindo-se, dão origem à veia cava inferior. Nas veias ilíacas se recolhe todo o sangue proveniente do pé, da perna, da coxa. Também no membro inferior se distingue um sistema venoso profundo e um sistema venoso superficial. Este se recolhe em duas veias que são a grande e a pequena safena.

Além do sangue proveniente dos membros inferiores, a veia cava inferior recebe afluentes das paredes abdominais, dos rins (veias renais), dos órgãos genitais (veias espermáticas e útero-ováricas ). Também o sangue proveniente do intestino se lança na veia cava inferior, mas depois de ter passado pelo fígado ao qual é conduzido pela veia porta. Recolhido todo esse complexo venoso, a veia cava inferior atravessa o diafragma, penetra no tórax, correndo paralelamente à aorta, que se dirige, contudo, para baixo, e se lança na aurícula direita, pouco abaixo do ponto em que se abre a veia cava superior.

A veia porta é um grosso tronco venoso formado pela confluência das veias que vêm do intestino (veias mesentéricas) e do baço (veia esplênica). O sangue que vem pelas veias mesentéricas é rico em substâncias nutritivas, que passaram para o sangue depois de terem sido digeridas pelo intestino. Antes de entrar na veia cava e, portanto, no coração, é conduzido ao fígado pela veia porta. No fígado, as eventuais substâncias tóxicas são eliminadas, enquanto as substâncias nutritivas sofrem uma importante transformação química. Antes de entrar no fígado, a veia porta se divide em dois ramos, direito e esquerdo, os quais, por sua vez, se tornam a subdividir em numerosos vasos e enfim se resolve em uma rica rede de capilares. Convenientemente transformado, o sangue sai do fígado pelas veias sub-hepáticas que desembocam na veia cava inferior.

Sistema Circulatório

Artérias

Artérias

As artérias e as veias não são canais rigidos: são dotadas de determinadas propriedades, tais: a extensibilidade, a elasticidade e a contractibilidade.

Tais caracteres são mais acentuados nas artérias, as quais recebem a onda sanguínea que o coração lança nelas a cada sístole ventricular. O choque da onda sanguínea contra as paredes arteriais é tanto mais forte quanto mais a artéria está próxima do coração.

As paredes das artérias são constituídas de três túnicas, concentricamente dispostas, que, de dentro para fora, são:

a túnica interna, constituída pelo endotédio, em direto contacto com o sangue circulante;

a túnica média, formada por numerosas fibras musculares e elásticas que conferem à artéria a sua propriedade de alargar-se ou estreitar-se, de acordo com a necessidade;

a túnica externa ou adventícia, que tem a estrutura conjuntiva; na sua espessura se distribuem as terminações nervosas as quais trazem às artérias os estímulos que as fazem estreitar-se (nervos vaso-constritores) ou as fazem dilatar ( nervos vaso-dilatadores).

Também as veias têm uma estrutura análoga, mas a sua parede é muito mais delgada; além disso possuem elas poucas fibras musculares e elásticas. Isto se explica com a diferente função que têm as veias em relação às artérias. As artérias recebem a onda sanguínea e têm de dilatar-se bastante, e imediatamente contrair-se (devem ser, em uma palavra, muito elásticas) para lançar a onda de sangue até a extrema periferia do corpo. As veias, ao contrário, recebem o sangue depois que este percorreu os capilares. A velocidade do sangue que era notável nas artérias, diminui muito nos capilares e nas veias. A onda sanguínea perdeu a sua força e as veias, na verdade, não pulsam.

A velocidade do sangue nas artérias é maior durante as pulsações do que no intervalo entre uma pulsação e outra. O sangue corre nas artérias com a velocidade de 50 centímetros por segundo. Nos capilares, a velocidade fica reduzida a poucos milímetros por segundo e assim também nas veias. Como é então possível que o sangue volte ao coração, particularmente devendo caminhar de baixo para cima? A velocidade que possui seria insuficiente para vencer a gravidade. Intervêm, então, outros fatores. Antes de tudo, as veias estão providas de válvulas, chamadas, pela sua forma característica, de válvulas em "ninho de andorinha". A presença dessas válvulas e a sua disposição permitem à corrente de sangue progredir em um só sentido, impedindo-o de tornar para trás. Além disso, as veias são comprimidas pelos músculos entre os quais correm. O sangue recebe então, um decisivo impulso para o coração. A influência das contraçõe musculares sobre a circulação venosa é muito evidente quando, ao fazer uma injeção endovenosa, o médico ordena ao paciente que aperte o punho: vê-se, então, a veia inturgescer-se, enquanto, se o paciente não apertasse o punho, o inturgescimento da veia dependeria exclusivamente do obstáculo constituído pelo garrote, por isso, menor.

A volta do sangue venoso ao coração é também favorecida pela respiração. Quando nós dilatamos o tórax e fazemos entrar ar nos pulmões (inspiração), a pressão no interior do tórax diminui. O coração que se acha justamente no tórax vem a sofrer uma pressão menor do que aquela que age perifericamente sobre as veias. O sangue venoso vem a ser, assim, de certo modo "aspirado" para o coração. No entanto não seria exato dizer que o coração é uma bomba aspirante premente, não: o sangue chega ao coração porque ainda tem uma força que o impele.

Sistema Vascular, Veias

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